Ana Maria Lobo Guimarães nasceu na freguesia de Pinheiro, Guimarães, em 1674. Após a morte de seu marido o Alferes Domingos Martins Sampaio em 1729, Ana Maria Lobo continuou a gestão das várias companhias comerciais e marítimas que possuíam, às quais se dedicou até à sua morte, em março de 1737. Deixou como seus herdeiros o seu irmão António Lobo Guimarães e a Ordem de S. Francisco do Porto, da qual era irmã, como consta de uma certidão do seu testamento feita a pedido de seu irmão, em 1742.
Com origens em Guimarães, possuiu diversas companhias comerciais, nomeadamente com o Brasil, juntamente com seus irmãos Ana Maria Lobo Guimarães, Simão Lobo Guimarães, Jerónimo Lobo Guimarães, seu cunhado Domingos Martins Sampaio e outros homens de negócios, foi irmão da Venerável Ordem Terceira de S. Francisco do Porto a quem deixou vasto legado.
As obras referentes à ampliação do Asilo para irmãos pobres estavam concluídas em 1898, tomando então o nome de “Asilo Margarida Lisboa”. As obras de reparação tiveram uma dimensão significativa e resultam de um Legado da D. Margarida Rosa que tinha como principais determinações, a admissão de suas criadas como particulares da Ordem, e a fundação de um asilo igual ou melhor, ao que possui a Venerável Ordem Terceira do Carmo para servir de asilo noturno aos irmãos indigentes de ambos os sexos, impossibilitados de trabalhar, com a obrigação de uma missa pela sua alma, com a presença de todos os asilados pelo aniversário da sua morte, no altar do asilo. As importâncias legadas eram consideráveis mas acabaram por se cifrar na quantia de 3 contos e 248 mil 575 réis (1897) em dinheiro, mais 7 contos e 900 mil réis de rendimentos de dividendos de títulos do Banco de Portugal, posteriormente convertidos em ações do Banco Comercial do Porto, assim como duas obras de arte, Cristo crucificado em marfim e Santa Margarida de Cortona em madeira.
Em 17 de Janeiro de 1898, no aniversário da sua morte, ocorrida no ano de 1897, na sua residência sita à rua de S. Bento da Vitória, nº 20, as obras estavam praticamente concluídas. O Asilo Margarida Lisboa foi inaugurado em 1 de Junho de 1897 conforme informação constante do Relatório dos Atos da Mesa Administrativa da VOTSF aprovado pelo Definitório em 28 de Abril de 1897 e posteriormente publicado.
Confraria instituída no convento de S. Francisco e que reunia, inicialmente, na Casa do Capítulo e, posteriormente, em 1797 na Casa de Despacho da Ordem de S. Francisco do Porto.
Era composta por um juiz, mordomos, escrivão e procuradores. Em 1798 aparece, pela primeira vez, uma juíza de nome D. Rosa Joaquina Clara de Melo.
Estava subordinada ao síndico da Ordem de S. Francisco do Porto.
Domingos Martins Sampaio terá sido natural da região do Minho, filho de Jerónimo Martins e de sua mulher Maria de Sampaio, casou com Ana Maria Lobo na tarde do dia 4 de maio de 1702, por palavras presente na igreja de São Nicolau do Porto. Homem de negócios e familiar do Santo Ofício, a maior parte da sua produção documental é relativa a registos de carregamentos de mercadorias, livros de razão, contratos de companhias comerciais com outros mercadores, livros de receita e despesa e uma vasta série de correspondência recebida.
Foi irmão da Venerável Ordem Terceira de S. Francisco do Porto, a quem deixou vasto legado. Faleceu, em 1729, na Rua Nova, Porto.
Em 1682 abriram um recolhimento para Irmãs e em 1734-43, este deu lugar a um hospital para todos os doentes, curáveis e crónicos, da Ordem, intitulado Hospital de Santa Isabel. A 13 de março de 1711 foi substituído por um hospital "de enfermos".
Em janeiro de 1746 foi destruído por um incêndio que chegou a atingir a Capela da Ordem, tendo-se decidido mandar fazer um cemitério e, por cima deste, uma Casa de Despacho e Secretaria, obra que ficou a cargo de Nicolau Nasoni.
José Monteiro de Almeida foi um mercador da cidade do Porto e irmão da Venerável Ordem de S. Francisco desta cidade.
Foram seus pais João Pinheiro de Almeida, filho de António Pinheiro, ourives de prata e morador em Viseu, e sua mulher Maria da Cruz que foi filha de Maria João, da Vila de Moinhos.
Fundada por São Francisco de Assis no século XIII, a Ordem Terceira de São Francisco teve a sua regra aprovada em 1289 durante o pontificado de Nicolau IV, sendo mais tarde confirmada por outros pontífices. Posteriormente, assistiu à criação de outras congéneres por outras Ordens religiosas, que as erigiram, principalmente, ao longo do século XV e no início da centúria seguinte. Já a regra da Ordem Terceira do Carmo foi aprovada em 1476 por Sisto IV.
A disseminação dessas instituições pela Europa ficou a dever-se aos frades menores, servindo de veículo transmissores das suas ideias. Nos novos territórios descobertos, os terceiros desempenharam um importante papel no seguimento da política de povoamento destes territórios insulares atlânticos, executando uma tarefa indispensável no apoio espiritual aos primeiros habitantes e na assistência aos mais carenciados.
A Venerável Ordem Terceira de S. Francisco do Porto foi fundada em 1633, numa capela do claustro do Convento de S. Francisco. Regeu-se pela Bula "supra Montem" até obter Estatutos próprios em 1660.
O perfil da Ordem Terceira da Penitência de S. Francisco insere-se no seu tempo: renovação da espiritualidade do mundo laical, em torno dos exercícios espirituais ou arte de orar, num quadro de dependência jurídica dos franciscanos regulares. Aproximam-se destes pela sua orgânica e Regra aprovada pela Santa Sé.
As Ordens Terceiras destinavam-se a leigos de ambos os sexos, embora os seus membros estivessem vinculados ao cumprimento de um ano de noviciado em sociedade, após o qual faziam também profissão, todavia diferia da dos religiosos.
Recebiam as camadas sociais intermédias, embora pudessem contar também com alguns elementos das elites, não eram tão seletivas quanto as Misericórdias, desde logo por aceitarem mulheres, mas também por não operarem com um número fechado e não existir separação entre os seus membros. Daí o seu arquivo possuir inúmeros acervos de irmãos/irmãs que optavam por doar todos os seus bens, à Venerável Ordem Terceira de S. Francisco do Porto, com intuito espiritual e caritativo.
Para esta realidade contribui o seu espaço aberto, porque não parece colocar reservas a entradas; acolhedor de mulheres — indicador de uma forte feminização da instituição — acolhedor para mulheres viúvas, casadas e até donzelas.
Centenária de quase quatro séculos, a Venerável Ordem Terceira de São Francisco do Porto vem encontrando, nos últimos tempos, diferentes práticas e soluções para se reatualizar, à luz dos modernos desafios exigidos pela natureza específica das suas áreas de atividade.
A vertente de instituição religiosa laica continua, na atualidade, a ser a linha matriz que rege a nossa forma de encarar todos esses reptos, seja no âmbito do Hospital, do Lar Margarida Lisboa, da Residência Rainha Santa Isabel, do Museu ou do Cemitério Privativo.